Não é novidade que as mulheres, nos últimos anos, estão conquistando cada vez mais o seu espaço de direito no mercado de trabalho. Como afirma o advogado criminalista José Pedro Said Júnior, no entanto, a área do Direito ainda tem forte dominância masculina, o que reflete na desigualdade trabalhista desse setor, que mesmo na modernidade ainda faz com que o público feminino enfrente desafios para alavancar sua carreira profissional.
Sabemos que o direito, especificamente o Penal/Criminal, possui uma tendência histórica de ser considerada uma profissão do gênero masculino, isso porque os crimes são vistos como melhor solucionados por homens. Sendo assim, se você possui interesse em entender como essas dificuldades profissionais impactam a carreira na advocacia das mulheres, leia este artigo até o final e se atente às dicas dadas pelo advogado.
Antes de mais nada, o advogado criminalista José Pedro Said Júnior menciona que, dentre o índice de abandono de carreiras entre as mulheres, a área de advocacia criminal passa a ser aquela com taxas mais elevadas de evasão. Tal fato se deve a diversos motivos, e entre eles está o maior apoio dado a mulheres com obrigações familiares, que passa a ser procurado em outras profissões, que tenham uma equiparidade salarial correta.
É fato que a área de advocacia, no geral, já é considerada uma carreira de cunho desafiador, que exige uma graduação, especialização e a aprovação no temido exame da OAB. Desse modo, é importante entender que a advocacia feminina possui obstáculos a serem superados, logo, confira abaixo os principais impasses a serem modificados para a maior e melhor adesão da mulher nesse ramo profissional:
- Remuneração não igualitária: É nítido, não só nessa área mas em outras, o quanto é comum a mulher receber um salário inferior ao dos homens, mesmo sendo atrelada a elas a mesma função que é atribuída ao gênero masculino. Como ressalta o advogado criminalista José Pedro Said Júnior, tal disparidade se deve ao fato da tradição dessa área ser ocupada pelo público masculino, mas que deve ser revertida com urgência;
- Licença maternidade: Muito se discute na área do Direito um aumento no auxílio-maternidade, além do investimento em estruturas para grávidas nos fóruns que acabam não tendo a devida acessibilidade prioritária. Além disso, é de conhecimento popular que os homens são preferidos na contração, principalmente por causa dos planos maternais.
Assédio no ambiente de trabalho: Como sabemos e explica o advogado criminalista José Pedro Said Júnior, o assédio no ambiente de trabalho é muito acometido por mulheres, seja ele moral ou sexual. Assim, como melhora nesse quadro, estão sendo aderidos canais de comunicação que sejam direcionados para denúncias de assédio, auxiliando no processo de prevenção da violência e do constrangimento feminino. No entanto, apesar disso, esse ainda é um elemento que fortalece a tradição de contratação masculina no setor.